Mês fechou com 7.185 unidades vendidas, mas participação aumentou. Previsões devem ser revistas para baixo apesar das cotas do Inovar-Auto.
As vendas de carros importados fecharam fevereiro com 7.185 unidades emplacadas, o que equivale a uma queda de 16,7% contra janeiro deste ano, quando foram vendidas 8.626. Na comparação com fevereiro de 2012, a retração chega a 31,1%, já que no período foram importados 10.427 carros. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira (18) pela Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva).
Segundo a entidade, que reúne as marcas que não possuem fábrica no Brasil, no acumulado do primeiro bimestre há um acumulo de 15.811 emplacamentos, volume 27,5% menor em relação às 21.797 unidades comercializadas no mesmo período do ano passado. Com isso, a participação das importadoras no mercado brasileiro no bimestre é de 3,04%, isso porque o market share subiu de 2,91% em janeiro para 3,23% em fevereiro, mesmo com a queda de emplacamentos.
Contudo, ao considerar somente o segmento de importados, as associadas à entidade registraram 14,5% de participação entre janeiro e fevereiro, enquanto as importações feitas pelas montadoras locais representaram uma fatia de 84,9%.
Isso porque, segundo o presidente da Abeiva, Flavio Padovan, houve esgotamento antecipado das cotas de carros do México a que as montadoras instaladas no país têm direito -desde março do ano passado, o comércio de veículos entre os dois países passou a ter restrição, para solucionar o desequilíbrio desfavorável ao Brasil, que importava muito mais do que exportava para o México. Apesar do "prejuízo", as cotas já foram revistas para cima, aumentando em cerca de 8%. Segundo portaria número 11 da Secretaria de Comércio Exterior, a cota de US$ 1,45 bilhão de 2012 foi ampliada para US$ 1,56 bilhão entre 19 de março deste ano e 18 de março de 2014.
Com o resultado anunciado nesta segunda, Padovan acredita que as previsões para este ano de 150 mil unidades emplacadas deverão ser revisadas para baixo. "Calculamos uma média mensal de 12,5 mil carros. Vamos esperar o mês de março, quando poderá acontecer uma reação, para revisarmos a previsão, mas deve ser para baixo", afirma.
A expectativa se concentra nas cotas do Inovar-Auto aos veículos importados. O novo regime automotivo, que entrou em vigor neste ano, oferece isenção do aumento de 30 pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) até o máximo de 4.800 unidades trazidas de outros países por ano.
"Com as cotas, os resultados das importadoras oficiais deverão melhorar. Mesmo assim, para cada empresa há um efeito, por causa da limitação. Para empresas com grandes volumes, como a Kia, isso não reflete em nada. Por outro lado, algumas marcas já anunciaram queda de preços", afirma Padovan, referindo-se a marcas como BMW e Mercedes-Benz, enquadradas no novo regime. A Audi também conseguiu a homologação, como importadora, em fevereiro.
Fonte: http://g1.globo.com
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